23/06/2022
Sem a cara no fogo de Bolsonaro e o amor de Michelle, ex-ministro Milton Ribeiro poderá se transformar na bomba atômica do governo
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O presidente Jair Bolsonaro disse que botava a cara no fogo pelo seu ex-ministro Milton Ribeiro e a primeira-dama Michelle disse que “Deus vai provar que ele é uma pessoa honesta”.
Isso foi quando Milton teve que ser exonerado devido às evidências de desvios de dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
“Eu amo a vida dele”, disse Michelle, abordada pela imprensa no dia da saída de Ribeiro do cargo.
A família Bolsonaro tentou agradar o ex-ministro por um único motivo: medo.
Medo do que Milton Ribeiro poderia falar.
E Milton falou.
No depoimento que prestou à Polícia Federal logo que as investigações foram iniciadas, o ex-ministro confirmou o que dizia aos pastores que também foram presos, e aos prefeitos de quem cobrava propina: foi um pedido do presidente Bolsonaro.
O ex-ministro sabia que não poderia mentir e confirmou de onde partia a ordem para desviar dinheiro da Educação.
Agora Milton está preso, e está preso por cumprir ordem do chefe, segundo declarava à PF.
E o discurso da família Bolsonaro mudou: “ele que responda pelos seus atos”.
Mas, pelo que disse Milton Ribeiro à Polícia Federal, os atos são dele e do presidente.
Preso, e agora ignorado, sem apoio de Bolsonaro e sem o amor de Michelle, Milton Ribeiro poderá ser a bomba atômica que o presidente ainda não tinha contra sua gestão tão igual a tantas outras.