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05/07/2022





Data Vero: entenda porque Carlos Eduardo e Rogério Marinho, os preferidos dessa pesquisa para o Senado, podem não ser os preferidos do eleitorado

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Mais uma pesquisa divulgada que aponta a eleição para o Senado como a mais empolgante no Rio Grande do Norte.

E que os números dão um recado para quem, em algum estudo de seu interesse, aparece muito bem na foto.

A pesquisa do instituto Data Vero, registrada no TRE/TSE (BR-08402/2022 - RN-00701/2022) até apresenta um movimento positivo de Carlos Eduardo (PDT), que quando surgiu como possível candidato a governador ou senador, dependendo de quem comprasse sua ideia, tinha na faixa de 20 pontos em todas as pesquisas de todos os institutos.

Puxado pela governadora Fátima Bezerra (PT), garantiu uns pontinhos a mais, mas não suficientes para lhe garantir um status de eleito, levando em conta o altíssimo número de indecisos e a sua própria rejeição.

Mais rejeitado nessa pesquisa do que Carlos Eduardo, Rogério Marinho (PL), que aparece como o senador sem concorrentes nas pesquisas com a impressão de seu DNA, apareceu aí patinando exatamente naqueles números que pontuava também em todas as pesquisas, quando Fábio Faria desistiu de disputar o Senado e ele se posicionou como o candidato de Bolsonaro.

Rogério segue como entrou: consideravelmente atrás de Carlos Eduardo.

Levando em consideração que mais de 80% dos entrevistados disseram que não sabiam em quem votar para o Senado, pode-se dizer que a campanha está zerada, e para ser analisada tem que se levar em conta as intenções de votos, o índice de indecisos, a rejeição e a intenção de mudança de votos por parte dos eleitores.

Nas intenções de votos, Carlos parece ser o futuro eleito. Mas, com 81,71% dos entrevistados sem ter candidato ainda, só 18,29% dos 1.500 entrevistados parecem estar definidos. Ou seja, 275 pessoas em todo o Rio Grande do Norte.

Nas intenções de votos da pesquisa estimulada, os números para o Senado são os seguintes:

Carlos Eduardo - 23,66%

Rogério Marinho - 12,59%

Rafael Motta - 6,83%

Ney Lopes - 3,58%

Samara - 1,99%

Dario - 0,86%

Freitas Jr - 0,40%

Branco/nulo/indecisos - 50,1%

Os números de rejeitados deixam Carlos e Rogério empatados: 13,65% dos 1.500 entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum em Rogério e 12,92% que não votariam em Carlos Eduardo de jeito nenhum. Rafael Motta, que é terceiro nas intenções de votos, cai para 5º na rejeição, e só 3,25% dos 1.500 entrevistados disseram que não votariam nele.

Os mais rejeitados:

Rogério - 13,65%

Carlos - 12,92%

Ney Lopes - 4,90%

Samara - 3,89%

Rafael - 3,25%

Dario - 2,78%

Freitas - 0,40%

O instituto Data Vero quis saber se os 1.500 entrevistados ainda poderão mudar o voto para o Senado até o dia das eleições. E vale levar em conta que, quem lidera índices de rejeição tem mais possibilidade de perder votos para esse eleitor, que aparentemente se definiu, mas poderá se impactar com qualquer outro que lhe pareça mais simpático. Nesse quesito a rejeição conta.

Dos 1.500 entrevistados, 56,99%, ou 855 pessoas, disseram que não mudariam mais. Mas 31,35%, ou 470 pessoas, disseram que poderiam mudar.

Resumindo, pelos números da pesquisa Data Vero, nem Carlos Eduardo nem Rogério Marinho podem comprar o terno da posse.

Os dois, apesar de parecerem na dianteira, seguem estagnados na média de onde sempre estiveram.

Rafael Motta, que em outras pesquisas apareceu já com dois dígitos, segue como o pré-candidato em ascenção, apesar de mal pontuado na Data Vero.

Mas, as intenções de votos de Rafael Motta podem estar nos 81% dos que não sabem em quem votar, levando em consideração que, quem não sabe, dificilmente votaria em quem já está há bastante tempo no páreo, como Carlos e Rogério.

Resta a Rafael fazer um trabalho de gigante para apresentar seu nome, já que, tanto o governismo local, que tem Carlos Eduardo como candidato, quanto o bolsonarismo, que endossa a candidatura de Rogério, trabalha pesado para destruir o nome de Rafael. Que é leve, chega bem nos municípios já que é deputado com bases e emendas, se posiciona no Congresso a favor dos trabalhadores e tem bem menos rejeição do que Carlos e Rogério.

Carlos Eduardo já apresentou seu nome duas vezes para o Governo e colecionou antipatia entre prefeitos, vereadores, eleitores. Foi derrotado por Fátima em 2018, a quem apontou críticas e impropérios durante e depois da campanha, e para o eleitor essa brincadeira conta.

E Rogério, apesar de ter garantido dinheiro a prefeituras através do Ministério que ocupou no governo Bolsonaro, carrega o peso de ter relatado a reforma trabalhista, o que lhe impôs a derrota em 2018, e de ter comandado a reforma previdenciária.

Sem contar o peso de, no Nordeste, ser o candidato de Bolsonaro.

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