03/09/2022
Impaciência, ataques, nervosismo, mentiras e palavrões marcaram debate entre candidatos a senador na Band RN
[0] Comentários | Deixe seu comentário.
Chegou a ser engraçado o debate entre os candidatos a senador do Rio Grande do Norte, promovido pela Band RN nesta sexta-feira (02).
De tão nervosos, e em alguns momentos era visível, os candidatos Carlos Eduardo (PDT) e Rogério Marinho (PL) devem ter pensado a mesma coisa: pra que danado a Band fez esse debate?
Rogério chegou a dizer que ele era o personagem principal, já que foi alvo de todos os candidatos. Se fosse assim, Carlos Eduardo também estaria eleito, pois igual a Rogério, foi alvo dos demais, inclusive de Rogério.
E se ser alvo for critério para se eleger, e os dois foram alvos iguais, o critério foi derrubado e os dois poderão ser igualmente derrotados.
Rogério teve que se explicar o tempo todo sobre as reformas trabalhista e previdenciária e até sobre a transposição que ele teima em dizer que foi concluída sem ter sido.
Se perdeu na paciência e chamou o concorrente do PSOL de “fela da puta”. Quase que o áudio vaza pois o debate estava no ar. Ele e Freitas Júnior quase foram aos tapas e levaram carão no ar. A partir daí, Rogério passou a ser chamado por Freitas de “tchutchuca do Centrão”. Foi chamado também, por Rafael Motta, de “persona non grata” no estado do Rio Grande do Norte.
Carlos também foi impaciente quando disse que não tinha satisfação a dar sobre seu voto para presidente da República. Claro que tem. Recebeu mais de um milhão do PDT e tem obrigação de prestar contas, inclusive do seu voto no candidato Ciro Gomes, do partido que fez o repasse milionário para sua conta de campanha.
Bateu boca com Rafael Motta, Rogério Marinho, Freitas Júnior e Geraldo Pinho. E foi Geraldo quem desenterrou um assunto que Carlos nem gostaria de falar: o escândalo dos medicamentos, quando em 2008, antes de passar a Prefeitura para Micarla de Sousa, protagonizou o escândalo do derramamento de remédios vencidos, e até a compra de remédios com data de validade ultrapassada. Foram 8 toneladas de medicamentos destruídos, quando nas unidades de saúde as farmácias estavam desabastecidas.
Rafael foi acusado de ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff, e de hoje estar ao lado de Lula e Fátima. Rebateu Carlos Eduardo mostrando que há quatro anos ele falava em PT se referindo a uma quadrilha.
O debate foi encerrado mostrando quem é quem na disputa majoritária.
Carlos, que falou de raspão em Fátima Bezerra, sem pedir votos para a governadora. “Quero ser o senador de todos vocês”, disse sem valorizar quem lhe garantiu a vaga no cenário político de 2022z
Rogério sem sequer citar o nome de Fábio Dantas (SD), seu candidato a governador. Nem no decorrer do debate, muito menos nas considerações finais, onde o candidato pede votos. Nada de citar Fábio, muito menos de pedir votos para ele.
E Rafael Motta concluindo sua participação, na qual se referiu várias vezes à governadora, pedindo votos para Lula presidente, Fátima governadora, e ele próprio para o Senado.
O debate terminou sem a assessoria jurídica acatar nenhum pedido de direito de resposta.
