08/09/2022
Comícios marcam o 7 de setembro em Brasília, Rio e Sao Paulo
[0] Comentários | Deixe seu comentário.
O presidente Jair Bolsonaro parecia estar no Rivotril no 7 de setembro que comemorou 200 anos da independência.
Fora o “imbrochável”, que marcou a data e o discurso, nada de ataques ao STF como ocorreu no 7 do ano passado.
Nada de ataques saídos da boca dele.
A presença do empresário Luciano Hang ao lado de Bolsonaro, foi um recado ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Hang foi um dos empresários alvos de operação da Polícia Federal, sob acusação de que estaria preparando um golpe para o pós-eleições, caso Jair seja derrotado.
Os outros ataques em forma de recados, estavam nas faixas e cartazes nas mãos de apoiadores.



Nem as apresentações de equipamentos das Forças Armadas meteram o medo que se anunciou nos dias que antecederam o Dia D da campanha de reeleição do presidente.
Jair manteve a calma para nada sair da boca dele e isso tem uma explicação.
Faltando apenas 25 dias para as eleições, e com os números das pesquisas não apontando reação positiva pós aumento do auxílio Brasil, Bolsonaro não pode dar mole.
O desfile cívico militar em Brasília juntou muita gente, e ao contrário de anos anteriores, não parecia uma festa cívica, mas um grande comício de campanha, onde no palanque não apareceram autoridades, apenas aliados.
Um grande comício foi bancado pela União, acobertado pela data simbólica.

Nada de representantes dos poderes legislativo e judiciário. Nem mesmo o amigão Arthur Lira, presidente da Câmara e subserviente de todas as horas, apareceu.
De convidados especiais com direito a fala, o pastor Silas Malafaia e o sempre verde e amarelo Luciano Hang. Ninguém notou que o presidente de Portugal, Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa, estava no palanque.
Mas Rebelo se mostrou incomodado. Talvez porque imaginasse encontrar no Brasil, no que seria a cerimônia pelos 200 anos da independência, um presidente com cara e jeito de estadista. Mas depois do imbrochável, ainda foi atropelado por Luciano Hang, que saiu do lugar que lhe cabia no palanque, mais para trás, para ocupar o ‘lado a lado’ com Bolsonaro, desprestigiando o presidente português.



De Brasília o presidente foi para o Rio de Janeiro onde uma multidão ocupava a praia de Copacabana. Fez discurso parecido com o de Brasília - Deus, pátria, família, aborto…mentiu dizendo que a inflação está “despencando” e disse que o Brasil tem a gasolina mais barata do mundo, mesmo sabendo que não dá para comparar o valor do dinheiro do Brasil com o valor do dinheiro do resto do mundo. Mas como o que vale é iludir em troca de votos…

No Rio, os ataques também foram impressos em cartazes.

E para não dizer que nada saiu da boca dele, Bolsonaro atacou o ex-presidente Lula, chamando seu principal adversário nas eleições de "quadrilheiro de nove dedos".
SÃO PAULO
Na Avenida Paulista, milhares de pessoas se aglomeraram para esperar o presidente que não apareceu.
E ele já sabia que não iria, mas deixou o povo acreditar que ele estaria em São Paulo como uma forma de atrair apoiadores.
A intenção era juntar gente em torno de Tarcísio de Freitas, o ex-ministro de Bolsonaro que disputa o governo de São Paulo.
Os ataques também estavam nas faixas e cartazes.


