12/09/2022
Pouco afeito a aplaudir mulheres no poder, Bolsonaro falta à posse da presidente do STF, ministra Rosa Weber
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A ministra A ministra Rosa Weber assumiu nesta segunda-feira (12) à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pouco antes da posse ela determinou que a Polícia Federal dê continuidade a três apurações preliminares que foram abertas para investigar a conduta do presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante a pandemia da covid.
A ministra atendeu a um pedido feito pela cúpula da CPI da Covid para realização de novas diligências. A CPI solicitou que as investigações fossem feitas antes de o STF analisar o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o caso.
Pela determinação da ministra, a PF também deverá continuar com as apurações sobre:
• suposto crime de charlatanismo e curandeirismo pelo presidente Bolsonaro, por ele defender o uso de remédios sem eficácia comprovada no tratamento da Covid.
• supostas irregularidades na negociação
para compra de vacinas
• emprego irregular de verbas públicas
O presidente Jair Bolsonaro arranjou uma viagem a São Paulo para faltar à posse da nova presidente do STF.
Bolsonaro não gosta de Rosa Weber.
Bolsonaro não consegue gostar de uma mulher no poder.
São Paulo foi o caminho mais curto para a ausência.
No discurso de posse, a ministra falou de ‘tempos perturbadores' na vida institucional do país, de ataques injustos ao STF, da defesa do sistema eleitoral, da falta de segurança, da fome em ‘patamar assustador’, dos milhares de sem-teto nas ruas, da degradação ambiental e da pandemia…
A ministra exaltou as figuras dos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin que irão conduzir as eleições como presidente e vice do TSE, diante de ataques dos bolsonaristas…
E declarou que estará vigilante contra o autoritarismo político.
Bolsonaro tinha que ter faltado mesmo.
Seis auxiliares do governo estiveram presentes, mas foram saindo a cada frase firme da presidente do STF, ficando até o final apenas Paulo Guedes.
Rosa Weber presidirá o STF pelos próximos dois anos tendo como vice o ministro Luís Roberto Barroso.
