28/10/2022
Rádios de Robinson e do suplente de Rogério Marinho veicularam mais inserções de Lula. A de Agripino rodou mais programas de Bolsonaro
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O ministro Fábio Faria, no afã de fazer valer o factóide das inserções das rádios, colocou na berlinda até a rádio do pai, o deputado eleito Robinson Faria.
No relatório de Fábio, criado na intenção de adiar as eleições, constou a rádio Agreste, de Nova Cruz, como uma das emissoras que veicularam mais inserções de Lula do que de Bolsonaro.
Procurado pela Folha de S. Paulo para explicar, Fábio jogou a culpa no ex-prefeito Cid Arruda, aliado de Robinson e que, segundo Fábio, comanda a rádio.
Pelo relatório de Fábio Faria, que mesmo no cargo devministro fala em nome da campanha de Bolsonaro, a 96FM deu 44 inserções a mais para Lula.
Até a Jovem Pan do empresário Flávio Azevedo, suplente do senador eleito Rogério Marinho, ajudou a Lula com 8 inserções a mais.
Já o ex-senador José Agripino Maia, que bolsonarou, foi mais generoso com Bolsonaro, e sua CBN teve duas inserções a mais para Bolsonaro.
*
O Blog repete o que vem publicando: esse é um problema de gestão das emissoras.
No caso da eleição nacional, o material a ser veiculado é disponibilizado em um canal do TSE, cabendo às emissoras baixarem pela internet e veicularem.
A fiscalização não cabe ao TSE ficando a cargo dos partidos.
Se uma emissora, que funciona como concessão pública, falha em relação ao cumprimento da lei eleitoral, está passível de perder a concessão.
Isso não vale para rádios web, já que a internet não é concessão pública.
O ministro Fábio Faria, que é ministro das Comunicações, sabe de tudo isso.
Mas informar corretamente à sociedade, em um caso como esse, não ajuda a Bolsonaro.
Atrapalha o factóide.