10/08/2023
Declaração de indicado de Rogério Marinho no MDR deixa claro que senador não teve força ou não quis segurar convênios aprovados para Natal
Sucessor de Rogério Marinho no Ministério do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, que assumiu a pasta no final do governo Bolsonaro, deu entrevista ao jornal Diário do RN, que circula nesta quinta-feira (10), negando a versão do prefeito de Natal, Álvaro Dias, que afirmou ao FALEI PODCAST COM THAISA GALVÃO que Rogério havia cancelado convênios aprovados para Natal, em valores que somariam em média 40 milhões de reais.
Na entrevista ao impresso natalense, o ex-ministro, que foi colocado no cargo por Rogério, e hoje responde pela chefia de gabinete do senador, não só desmentiu o prefeito, como desmoralizou o senador.
O ex-ministro afirmou que o convênio não foi cancelado, e só não chegou a ser pago por falta de dinheiro.
Desmoralização para o ministro queridinho de Bolsonaro, como era apontado Rogério, que não conseguiu usar do prestígio para beneficiar seu estado, sua cidade.
“Ele realmente apresentou propostas de trabalho, as propostas estão no Transferegov.br, as análises também. Estas foram aprovadas, mas, infelizmente, por indisponibilidade orçamentária, junto com um terço dos municípios do Brasil, não foi possível fazer o empenho no final do ano. Ou seja, foi por razões técnicas, nada mais”, disse o ex-ministro ao jornal.
O ex-ministro disse que “Natal recebeu R$ 300 milhões entre 2019 e 2022”. O período citado corresponde à parte da temporada de Rogério no Ministério e parte já em campanha, o que não foi negado pelo prefeito, que dru a entender na entrevista que me concedeu, que teria deixado de ter prestígio depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi derrotado.
De acordo com a entrevista do ex-ministro ao Diário do RN, Natal ficou num bolo junto a mais de mil municípios brasileiros, e que teria que seguir critérios. Critérios que não foram seguidos na distribuição de recursos do orçamento secreto para municípios do Rio Grande do Norte, onde, em alguns casos, pequenos receberam mais do que grandes, e gestões de aliados também foram privilegiadas em detrimento de gestões adversárias.