18/08/2023
Bolsonaristas que criticam Janja por acompanhar o marido, não querem investigar passeios de Michelle Bolsonaro com maquiador pagas com cartão corporativo
Bolsonaristas juramentados, que tentam a todo custo justificar a corrupção que bate à porta da direita cada vez mais, em vez de aceitar e se afastar do sujíssimo bolsonarismo, passam pano de todos os jeitos.
E uma das formas é atacar o presidente Lula.
Lula já teve sua vez no cenário da corrupção.
Foi denunciado, investigado, preso.
Passou mais de 500 dias na cadeia.
Por falhas jurídicas do ex-juiz Sérgio Moro, retomou a elegibilidade, o que não significa que foi inocentado.
Lula passou.
Agora é Bolsonaro. O investigado da vez.
Já é condenado. Perdeu os direitos políticos.
Já prestou depoimentos à Polícia Federal, terá os sigilos fiscal e bancário quebrados, será delatado por um fiel escudeiro. Será delatado por outros.
Para encobrir a corrupção que bate à porta, bolsonaristas acusam até a mulher de Lula, que não é investigada, não tem sigilo quebrado, não responde a processo, nunca foi presa.
Acusam Janja da Silva de viajar muito.
Como reza a Constituição, ela pode e deve acompanhar o marido em viagens.
Viagens que a direita bolsonarista estava desacostumada porque o ex-presidente não tinha respeito dos chefes de União dos grandes países.
Bolsonaro só gostava de ir à Arábia Saudita ganhar joias, diamantes, relogios...
Ou então ia para o Guarujá sem a esposa, andar de jet ky. Ou para cidades brasileiras fazer motociatas. Nenhum acordo bilateral de importância para o Brasil.
Michelle viajava.
Acompanhava sempre a ministra Damares Alves em eventos evangélicos pelo Brasil. Viagens que devem ser investigadas: quem pagava pelas orações?
Michelle passou 7 dias em Israel, também com Damares. Foi orar, como ela mesma postava. Disseram que haviam viajado a convite de uma igreja, mas não disseram qual, e essa viagem também carece de investimento.
Com Damares e Michelle, também estava o maquiador Augustin Fernandez.
Outra viagem da mulher de Bolsonaro que deu o que falar, e que os políticos bolsonaristas não enxergam: São Miguel dos Milagres, em Alagoas.
Viagem de lazer, paga com dinheiro público.
O bolsonarismo engoliu mosca ou achou normal mesmo.
Confira trecho dessa reportagem:
Em viagem de lazer para São Miguel dos Milagres, no estado de Alagoas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou o cartão corporativo para hospedar equipe de segurança da Secretaria Especial de Administração da Presidência da República. Entre os dias 3 e 9 de abril de 2021, foram gastos R$ 16,2 mil em diárias para os servidores que ficaram alojados em uma pousada localizada na Rota Ecológica da cidade turística. O estabelecimento confirmou ao GLOBO que nove quartos foram alugados no período. Na mesma ocasião, o maquiador e amigo próximo de Michelle, Agustin Fernandez compartilhou registros no Instagram na localidade.
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Apesar do hotel pertencer ao então ministro do Turismo Gilson Machado, a comitiva pagou pela hospedagem. E recebeu diárias para a viagem de turismo.
Na época agência 'Fiquem Sabendo' divulgou notas fiscais referentes aos gastos com o cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre elas, há o documento referente à pousada 'O Casarão', onde os servidores pagaram diárias no valor de R$ 300.
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Detalhe besta: viagens que não acrescentavam em nada para o Brasil.
Viagens onde a ex-primeira-dama sequer estava acompanhando o marido presidente.
Porque nem as viagens do então presidente acrescentavam em nada o crescimento do Brasil.