O desafio de Lewandowski para se segurar no Ministério da Justiça

A fuga de dois presos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró chega como um desafio para o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Claro que ele não pode ser responsabilizado pelas fugas. O cara acabou de chegar ao Ministério e sequer teve tempo de conhecer os 5 presídios federais do Brasil - Mossoró, Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF) - de onde nunca, nunquinha, um preso fugiu.

Mas caberá a Lewandowski a responsabilidade de devolver os dois fugitivos à prisão. E mais: de descobrir como eles fugiram, e principalmente, se houve facilitação e por parte de quem.

Isso o novo ministro tem obrigação, sob pena de não se sustentar no Ministério.

Ainda nesta quarta-feira, além de enviar o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, para acompanhar a investigação aberta pela Polícia Federal, o ministro determinou o afastamento imediato da atual direção da penitenciária e escalou um interventor para comandar a unidade.

Também determinou a atuação das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, formadas por polícias federais e estaduais, e a inclusão dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras.