22/03/2024
Auxiliar de Bolsonaro, tenente Mauro Cid descumpre medidas cautelares, tenta tumultuar investigações e volta para a prisão
O ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, volta para a cadeia.
Ele prestou depoimento no STF, após gravar áudio em que estaria obstruindo as investigações.
Ficou constatado que ele não cumpre os termos da delação e perdeu o direito de seguir como delator.
Mauro Cid sai com prisão preventiva decretada.
Cid estaria "tumultuando" as investigações.
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Como Mauro Cid estaria tumultuando?
A revista Veja publicou nesta quinta-feira (21) áudios gravados por Mauro Cid, e que as investigações apontam para um texto 'combinado' com a intenção de tumultuar, de atacar a Polícia Federal e o STF.
Eis as frases usadas por Mauro Cid, que cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, mas foi fazer graça e volta a ver o sol nascer quadrado.
-Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisas que eu não sei, que não aconteceram. Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo.
-A lei já acabou há muito tempo. A lei é eles, eles são a lei, o Alexandre Moraes é a lei. Ele prende quando ele quiser, como ele quiser; com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação.
-Eu vou dizer o que eu senti: eles já estão com a narrativa pronta, é só fechar. Eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem.
-Se eu não colaborar, vou pegar 30, 40 anos. Porque eu estou [no caso dal vacina, eu estou [no caso dal joia.
-Vai entrar todo mundo em tudo. Vai somar as penas lá, vai dar mais de 100 anos para todo mundo. Entendeu? A cama está toda armada. E vou dizer: os bagrinhos estão pegando 17 anos. Teoricamente, os mais altos vão pegar quantos?