04/07/2025
O cano de Bolsonaro
A oposição à governadora Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte, se perde quando a memória falha. Ou quando a memória, propositadamente, é varrida para debaixo do tapete.
A governadora inaugurou uma adutora para abastecer o município le Governador Dix-Sept Rosado, na região Oeste. E na inauguração, fez uma ligação simbólica de uma torneira.
O suficiente para a direita espalhar que Fátima havia inaugurado UM CANO, desmerecendo a obra que já garante água para mais de 11 mil pessoas.
No dia 21 de agosto de 2020, o então presidente Jair Bolsonaro veio ao Rio Grande do Norte, e foi à comunidade Angélica, no município de Ipanguaçu, para, literalmente, inaugurar UM CANO.
A obra do DNOCS: um poço para beneficiar 100 pessoas.
Como a máquina que perfurou o poço ainda estava no local, Bolsonaro ligou O CANO e fez todo mundo se molhar na água que jorrava.
Quando Bolsonaro foi embora, o equipamento também foi, e...cadê a água?
O DNOCS não havia instalado a bomba e a população protestou nas redes sociais. Queria a água que Bolsonaro fez jorrar.
A bomba só apareceu 3 dias depois e a água chegou às 100 pessoas.
Mas...
Bolsonaro inaugurou um cano. Que os aliados dele fizeram questão de esquecer.
Se era simbólico pra ele, por que não foi simbólico pra ela?
O dicionário da hipocrisia política tem significados diferentes do Aurélio.